ALEXANDRIA


Aqui na minha terrinha inverno não tem frio (apesar para nós nordestinos qualquer friozinho é como estivesse nevando kkk), mas só chuva. Não temos muitas opções de lazer. Férias da escola das crianças, da faculdade, e do maridão no emprego. Resta-nos gastar dindim ($) no shopping (no iniciozinho do mês kkk), e assistir filmes, ler.
Eu prefiro essas duas últimas opções. Ler bons livros, assistir bons filmes é instrutivo, prazeroso e pode ser, algumas vezes, bastante edificante.
Encontrar esse filme no camelô de dvd pirata foi uma surpresa grande e maravilhosa! Coisa rara é encontrar filmes desse nível nesses camelôs.
Por causa da faculdade, tenho buscado ainda mais conhecer contextos históricos sobre o Cristianismo. Esse filme mostra uma época, e a conduta de, "ditos", cristãos que não conhecemos muito. Afinal é do próprio do cristão suportar tudo, sofrer pelo nome de Cristo, e não ser motivo de sofrimento de outros.
Outro dia estava até lendo sobre isso no livro A Era dos Martíres, de Justo L. Gonçalez. Foi uma época triste negra, onde o Evangelho de Jesus Cristo foi mal interpretado, e não vivido os princípios que Jesus deixou.
Naquilo que os cristãos sofreram e tanto repudiaram, quando se viram no controle da situação, fizeram o mesmo. À ira responderam com ira, ao tapa no rosto, não deram a outra face, mas resistiram ao mal com o mal. Diziam-se testemunhas de Cristo, mas suas atitudes mostravam o contrário! Tal arbitrariedade foi levada ao  extremo. Ainda bem que só foi naquela época, e isso não se repita nunca mais;
Os que se diziam cristãos não o eram de verdade, e os que não confessavam, como o personagem Hipátia, mesmo tendo atitudes de mansidão, assim mesmo não assumiam, e não criam no Evangelho.
Sei que não há desculpas por alguém não crer em Cristo. Ninguém chegará um dia diante de Deus e dirá: "Ah, eu não cri porque o pastor do meu vizinho era ladrão, porque minha sogra crente era uma peste...". Porém, pelo que a Bíblia diz há testemunhos que edificam, trazem vida e outros que matam. Os "cristãos" dessa época certamente não pensavam e agiam assim.

Somente para finalizar não nos esqueçamos, nós cristãos, que devemos PREGAR o Evangelho, afinal, isso foi uma ordem de Jesus para cada um de nós, mas também devemos VIVER.
Um grande evangelista, não lembro o nome, certa  vez disse: "O mundo pede exemplos e nos damos palavras",e outra vez li no facebook a seguinte frase: "Palavras convencem, exemplos arrastam!"
Fecho o meu comentário sobre esse tipo de comportamento com as palavras de um grande homem de Deus, o apóstolo Paulo:
"Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens". (2 Coríntios 3:2)

Excelente filme!!!!!!!!!! Mais uma obra cinematográfica relevante!
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Alexandria, filme de Alejandro Amenábar foi lançado quase que despercebidamente no Brasil em Blu-ray e DVD, com dois anos de atraso, pois não foi lançado nos cinemas originalmente. Pouco conhecido, este filme tem como personagem principal a filósofa, matemática e astrônoma Hipátia, filha de Theon, o último diretor conhecido da Biblioteca de Alexandria. O filme além de traçar a trajetória de Hipátia nos mostra o contexto histórico da ilustre cidade egípcia que vivia momentos conturbados com as diferenças religiosas entre cristãos e pagãos.
O filme prima pela sua qualidade narrativa de imagens, focando as idéias de Hipátia a respeito das órbitas planetárias, os conflitos entre pagãos e cristãos, buscando passar uma mensagem de união esquecida pela humanidade.
O filme inicia-se em 391 a.C. e apresenta uma reconstituição da cidade de Alexandria que enche nossos olhos. Nessa reconstrução destaca-se a famosa Biblioteca de Alexandria, onde boa parte da ação do filme se constrói. Nesse período, o Egito ainda era uma província do Império Romano, mas no século IV, a civilização romana já havia perdido muito do seu poder. No entanto o esplendor da antiguidade persistia em Alexandria e na sua famosa biblioteca.
Primeiramente destacamos a figura de Hipátia (Rachel Weisz), filósofa, matemática e astrônoma, no filme ela é apresentada como uma mulher visionária, a frente do seu tempo, pois ocupava lugares que geralmente eram ocupados por homens, como por exemplo, foi diretora da Biblioteca de Alexandria. Hipátia era uma filósofa muito importante na sua época, conhecida por resolver problemas que geralmente confundiam a cabeça de vários matemáticos contemporâneos seus. Nas palavras de Sócrates, o escolástico:
Havia em Alexandria uma mulher chamada Hipátia, filha do filósofo Téon, que fez tantas realizações em literatura e ciência que ultrapassou todos os filósofos da época. Tendo progredido na escola de Platão e Plotino, ela explicava os princípios da filosofia a quem a ouvisse, e muitos vinham de longe receber os ensinamentos.
O filme mostra a contribuição de Hipátia para o entendimento das órbitas planetárias. O modelo ptolomaico, onde a Terra seria o centro do universo e oito esferas, ou “céus”, que representariam as órbitas de corpos celestes como a Lua e o Sol indicavam a trajetória dos astros em torno do nosso planeta. No entanto o modelo ptolomaico não satisfazia a certas indagações que aparecem ao longo do filme: a Terra estaria ou não em movimento? Por que o Sol parece mudar de tamanho do Verão para o Inverno? A partir dessas problematizações, Hipátia teoriza que para o Sol ocupar duas posições ao mesmo tempo sua órbita teria que ser uma elipse. A cena em que Hipátia comprova essa teoria é muito bem construída.
Outro elemento narrativo utilizado por Amenábar em Alexandria é abordar o contexto histórico das atribulações religiosas que marcaram não somente a cidade de Alexandria, mas também o início do Cristianismo no século IV.
Aqui vale uma ressalva do por que a reconstrução desse momento é importante: geralmente ao estudarmos sobre os primeiros séculos do Cristianismo, recebemos as informações de que essa nova religião, ou seita, que se propagava pelo Império Romano à época era formada por um grupo de vitimados pelas perseguições impostas pelos imperadores romanos. Essa ideia é reforçada também em inúmeros filmes – dos cristãos sendo torturados e mortos na arena do Coliseu; de tudo de ruim que acontecia em Roma era culpa dos cristãos; Nero queimando Roma e colocando a culpa nos seguidores de Cristo e por aí vai... No entanto se os adeptos do cristianismo eram perseguidos, perseguidores também eles se tornaram, e Amenábar reconstrói essa situação em particular.
Em 391 d.C. o patriarca de Alexandria, Teófilo, a fim de aplicar as medidas contra o paganismo determinadas pelo imperador Teodósio, ordenou a destruição da Biblioteca de Alexandria e a pilhagem das coleções. Momento esse mostrado no filme. A destruição da Biblioteca devia-se ao fato de que junto a ela funcionava um templo pagão conhecido como Serapeum dedicado ao deus Serápis, divindade egípcia que era a fusão de Ápis e Osíris. Dessa forma o templo se tornou alvo da fúria dos cristãos.
Alexandria avança no tempo e depois de mostrar a perseguição que os cristãos infligiram aos pagãos, os judeus tornam-se o novo alvo dos adeptos de Cristo. De fato, na cidade de Alexandria havia uma grande presença de judeus e logo após a nomeação de Cirilo para ser patriarca de Alexandria, a violência entre esses dois grupos aumentava cada vez mais. Cirilo foi um cristão defensor da ortodoxia da Igreja e combatia heresias.
Hipátia também foi vítima da perseguição imposta por Cirilo. Em 415 d.C., ela foi atacada por um grupo de cristãos em plena rua, foi golpeada, desnuda e arrastada para uma igreja, onde foi torturada e teve seu corpo dilacerado. Depois de morta, seu corpo foi lançado a uma fogueira. Hipátia, segundo Sócrates, o escolástico, devido sua influência junto ao prefeito de Alexandria, Orestes, foi alvo de retaliação dos fiéis de Cirilo, visto que o prefeito teria ordenado a execução de um monge cristão.
O filme Alexandria de Alejandro Amenábar merece um pouco da nossa atenção por retratar fatos e épocas que geralmente não são abordados.

Título original: Ágora
Direção: Alejandro Amenábar 
Produção: Álvaro Augustín, Fernando Bovaira, Simón de Santiago, José Luis Escolar e Jaime Ortiz de Artiñano 
Roteiro: Alejandro Amenábar e Mateo Gil 
Elenco: Rachel Weisz, Max Minghella, Oscar Isaac e Rupert Evans 
Gênero: Drama
Ano: 2009


 O escravo conhece o Evangelho de Cristo que liberta, mas depois se vê numa situação em que não pode dar o mesmo perdão que recebeu de Deus. Contraditório, não?! E nada cristão!


 Hipátia, uma mulher que fez diferença no seu tempo e na História!


Na verdade Hipátia é morta como uma revanche pela morta do líder dos religiosos.
Minha opinião: um cristão deve estar pronto sempre para morrer por amor a Cristo,mas jamais, nunca ser instrumento de morte, em tempo algum matar!


Um filme que abrange todo o contexto da época: histórico, social, econômico, religioso, moral.


Um filme para sempre! Para se ver, rever, emprestar, presentear, e guardar!



Assistam  o trailler desse filme excelente

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